quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Poema da exclusividade

Queria ser exclusivo!
Fotografo, escrevo,
Toco e canto.
Nada faço direito.
A falta de exclusividade
desvirtua a perfeição.

A única paixão exclusiva,
quem diria,
tem sobrenome de escritório de advocacia.

Frio


Frio é aconchego,
Frio é o branco das montanhas, café quente na caneca,
Frio é cobertor de orelha,
É a sensualidade do cachecol esvoaçante, das meia-calças grossas.

Frio é vinho,
Frio é meia colorida no pé, luvas impedindo a mão de sentir,
Frio é banho fervendo,
É o calor da alma aquecendo dois corpos.

Frio é comida no forno,
Frio é namoro no sofá, pipoca e mão no seio,
Frio é gozo sem suor.