
A era virtual chegou. Cada vez mais tenho menos coisas em minhas mãos. Tudo fácil, rápido e digital.
Fotografias só na tela do computador. Não envelhecem, não perdem o brilho, não cheiram ao passado. O passado agora é digital.
Cartas? Todas com a mesma caligrafia 'Arial'. Cartões de carinho? Clique no link e cheire o perfume dos bits.
Disco arranhado? Nunca mais. Diferentes do vinil, arquivos mp3 só tem um lado.
Amores internéticos. Sexo virtual. Leituras rápidas. Fofocas à velocidade da luz.
Tudo rápido, na velocidade dos bits.
E o ser humano cada vez mais parecido com bits: voláteis como nunca.
