Em salas de espero vejo o tempo passar. Por entre pessoas e poltronas vazias aguardo a hora do embarque. A vida parece ser uma grande espera e, enquanto a hora não chega, as palavras borbulham em pensamento, o tempo deixa suas marcas e as televisões falam para ninguém.
A cadeira vira o descanso pra alma, a mala o travesseiro dos pés. O microfone a voz tão esperada.
Ouvir assuntos alheios, ler jornais com o canto dos olhos. Desfocar da própria leitura pela passagem de alguém. A impiedosa espera age como um relógio de ponteiros quase sem bateria: faz o tempo passar mais devagar. E quanto mais devagar ele passa, mais marcas ele deixa.
Por causa de tanta espera decidi pelos sapatos sem cadarços , a liberdade chega mais rápido com eles.
Um comentário:
Uma pressão a menos.
Feliz Páscoa!
Beijos doces de lira!
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